Eu já poupei muita escrita neste blog por medo de constranger algumas pessoas, mas hoje não consigo faze-lo. Hoje vou ter que dizer muita coisa.
Há pessoas que sabem que data é hoje. Sabes que eu até morrer nunca me vou esquecer desta data, nem desta nem do dia da Páscoa. Ligaram-me e disseram ‘Ana, vais ter calma, ele é o teu melhor amigo, mas toda a gente está contigo…’ Naquele momento senti o maior aperto da minha vida. Pensei muitas vezes o que é perder uma pessoa, mas naquela altura a mágoa tomou conta de mim. Paralisei completamente. Só pensava em ir ter contigo. Mas cai. Senti-me impotente. Naquela altura estávamos a trocar mensagens, a desejar uma Boa Páscoa um ao outro. Nunca demoravas a responder-me, mas naquele dia tudo foi diferente… Senti uma dor no coração mas ignorei. Mas acredita que até receber a tal chamada tu não me saíste do pensamento. Mas como eu não pude perceber que tu estavas mal? Como? Sempre imaginei que iríamos ser amigos até muito mais tarde. E que a nossa amizade nunca acabasse sem um ‘adeus’. Faz-me muita confusão sabes. Naquela altura fizemos muitas coisas sem pensar. Éramos crianças, mas o facto de te ter perdido faz com que tenha um enorme valor. Foi o primeiro beijo de ambos, foi o primeiro apalpão de ambos, foi o primeiro ‘namoro’ de ambos. Foram aqueles beijinhos debaixo do escorrega. Foste o herói das longas páginas do meu primeiro diário. Sabes o que escrevi? ‘Amo-te Diogo’. Naquela altura eu nem sabia o que aquilo queria dizer, mas dizíamos muitas vezes um ao outro, pois os grandes davam beijinhos e diziam isso e então nós também dizíamos. Quando passamos o último S. João juntos eu pensei em dar-te um beijo para recordarmos os momentos de pequeninos. Mas não fui capaz. E quando estávamos juntos naquele Dragão, eu pensei ‘um dia irei mostrar-te o meu diário e havemos de nos rir’.
Dói-me como eu podia tê-lo feito e não fiz.
Dói-me tanto o coração que tu nem imaginas. É que tu foste o primeiro. Foste aquela pessoa que nos marca com aquelas pequenas coisinhas.
Quando estou mal, gostava que me desses aquele abraço que me deste quando eu sai do D.Diogo…eu só dizia ‘Diogo, vamos ser sempre amigos apesar de escolas diferentes não é? E tu, ‘Claro burra, vamos estar muitas vezes juntos, vamos ser amigos sempre’.
Porquê Diogo? Tu disseste sempre… SEMPRE DIOGO? ONDE ESTÁS?
Tu eras o meu melhor amigo! Não havia direito! Naquele momento percebi o quão a vida era injusta para nós.
Faz-me confusão ir agora ao S. João e não te ver a sair enjoado lá dos divertimentos e eu a gozar-te e tu a dizeres ‘qualquer S. João vou-te obrigar a ires comigo e tu vais ver quem mais se ri’. Sabes que depois disso nunca mais andei nessas coisas loucas? Desculpo-me pelas alturas e pela segurança dessas coisas (também é verdade), mas a maior causa é que parece que penso que um dia vou mesmo contigo… Levas-me?
Odeio deitar lágrimas por ti. Odeio profundamente. Era contigo que eu chorava quando os meus pais discutiam e tu dizias ‘os meus também discutiram, mas eu quando for grande vou viver sozinho para ninguém me chatear’. Tão novo e já com um espírito de independência. Admiro-te!
Muitas vezes falo contigo como se ainda cá estivesses…Infelizmente só no meu coração. Mas do meu coração ninguém de lá te tira. Tens um espacinho reservado só para ti.
Didi, quero-te pedir desculpa de não ter ido ter contigo na tua última despedida e também por ainda não te ter feito uma visita…Custa-me muito falar sobre isto, sabes? As nossas recordações matam-me. A sério. Só este ano consegui falar de ti com os meus grandes amigos. Antes eras um assunto proibído, desculpa. Sei que é errado, mas eu não te esqueci mas não me conformava com a ideia de teres partido. Ainda hoje penso que te voltarei a ver. Vem ter comigo pf, só te quero dizer ‘Adeus e que te adoro muito’. Deixas? Sinto-me ridícula ao dizer-te isto, pois acho que nunca irá acontecer.
Acabei de sentir um arrepio na espinha e um frio dentro de mim. És tu?
‘Amor, se fores tu, acredita que te adoro. Nunca te vou esquecer e sempre serás o meu príncipe encantado. Foste-te embora, mas sei que um dia te voltarei a ver. Eu preciso de te mostrar o meu diário e preciso de te dar um beijo. Sabes que quando estou mal, vou à janela. Sim Didi, foste és e serás a estrela mais brilhante do céu. Cada lágrima caída por ti é um ‘espera-me’. Por isso já sabes, um dia vamos nos ver, sem que um ‘maldito carro’ nos volte a separar.
*
Parabéns meu príncipe @
Com muita saudade
Nucha'
sábado, 21 de julho de 2007
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Um comentário:
Eu tambem perdi algem assim num maldito acidente de viação. UM GRANDE AMIGO do qual eu nem me despedi qundo sobe da sua moorte ja era tarde para o adeus. Um amigo verdadeiro , nunca mais encontrei alguem com ele. Por isso força.
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