Ao acordar ouço os teus passos. Ouço o teu respirar. Ouço-te.
Nestes dias tenho acorado com a esperança acesa. Essa, para que tudo seja diferente. Um novo olhar. Um novo sorriso. Um novo perdão. Uma nova amizade. Uma nova vida. Penso naquilo que fiz, mas desculpa dizer-te a culpa nunca é só de um. Muita é minha, sim, mas a tua falta de paciência e a tua embirração comigo não ajuda. Tenho saudades tuas. Hoje, quando te olho nos olhos, vivo das nossas lembranças e aproveito cada segundo para pensar no que erramos. Isto mais parece um perdão amoroso. Mas não. Sabes o que é uma amizade, que é muito para nós? Pronto. Eu disse-te hoje que precisámos de espaço, será? Eu acho. Precisámos de acertar ideias, acertar pontos de vista e pesar bem as coisas. Muita coisa está escrita em papéis que me apetece riscar, rasgar, queimar. Mas não consigo. São memórias. Isto é passageiro, penso eu. Acho que se lutarmos tudo vai ao sítio. Somos crescidos.
Estás à minha frente e eu olho para ti sobre o computador. És tão lindo natural. Se um dia alguma coisa acabar, foste alguém muito especial. Mas eu aqui, não acredito num 'acabou'. Acho que ambos queremos falar mas é tudo tão fresco e temos medo que ainda se faça mais asneira, por isso nem puxamos muita conversa, a verdade é que o assunto nem vem ao nosso encontro.
Quando estou contigo agora, nem sei o que nos espera...
A diferença está a marcar muita coisa. Servirá para crescer, por mais que doa.
Deixemos.


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